Antes de tudo, derrubemos mitos e
paradigmas: Ilustrador é uma profissão,
geralmente autônoma, que envolve todas as obrigações, direitos e deveres de qualquer profissão: pagamos imposto, cumprimos horários, fazemos contrato
e… trabalhamos! Saber ilustrar não é dom,
nem mágica cósmica, mas muito preparo e estudo, ao longo de muitos anos…
Muita gente confunde ser
ilustrador com desenhar ou pintar. Várias pessoas que gostam de desenhar se
dizem ilustradores, assim como pintores também (geralmente amadores). Não é bem assim. Não se
trata aqui de ser preconceituoso ou querer criar uma reserva de mercado, mas de
entender que ilustração é um produto e o ilustrador é um
prestador de serviço. Nós amamos o que fazemos, mas não fazemos por diversão:
investimos dinheiro, temos contas a pagar e tiramos nosso sustento disso.
Para ficar mais claro, voltemos às
definições: segundo a ilustração
“é uma imagem pictórica, geralmente figurativa (representando algo material),
utilizada para acompanhar, explicar, acrescentar informação, sintetizar ou, até, simplesmente decorar um texto”.
Complementado, a ilustração é uma forma de comunicação imagética aplicada não só em
textos, mas também em embalagens e anúncios.
A grande diferença está em que a ilustração
é feita, na grande maioria das vezes, por encomenda segundo um briefing
(conjunto de informações pertinentes que forma um tipo
de ordem de serviço) determinado. Um pintor pode
pintar o que quer, assim como um desenhista amador. Um ilustrador não, ele segue os ditames para os quais foi pago.
Claro, podemos opinar, temos nosso
estilo e acrescentamos ou modificamos elementos, mas na ilustração estamos, essencialmente, produzindo um trabalho por
encomenda para um determinado uso e local, que servirá a um propósito
pré-concebido. A ilustração já nasce com um destino traçado e específico.
Por: Wesley Cardoso dos Santos,
estudante do Segundo Ano do Ensino Médio.
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