segunda-feira, 14 de outubro de 2013

Ilustrador

Antes de tudo, derrubemos mitos e paradigmas: Ilustrador é uma profissão, geralmente autônoma, que envolve todas as obrigações, direitos e deveres de qualquer profissão: pagamos imposto, cumprimos horários, fazemos contrato e… trabalhamos! Saber ilustrar não é dom, nem mágica cósmica, mas muito preparo e estudo, ao longo de muitos anos…
Muita gente confunde ser ilustrador com desenhar ou pintar. Várias pessoas que gostam de desenhar se dizem ilustradores, assim como pintores também (geralmente amadores). Não é bem assim. Não se trata aqui de ser preconceituoso ou querer criar uma reserva de mercado, mas de entender que ilustração é um produto e o ilustrador é um prestador de serviço. Nós amamos o que fazemos, mas não fazemos por diversão: investimos dinheiro, temos contas a pagar e tiramos nosso sustento disso.
Para ficar mais claro, voltemos às definições: segundo a ilustração “é uma imagem pictórica, geralmente figurativa (representando algo material), utilizada para acompanhar, explicar, acrescentar informação, sintetizar ou, até, simplesmente decorar um texto”. Complementado, a ilustração é uma forma de comunicação imagética aplicada não só em textos, mas também em embalagens e anúncios.
A grande diferença está em que a ilustração é feita, na grande maioria das vezes, por encomenda segundo um briefing (conjunto de informações pertinentes que forma um tipo de ordem de serviço) determinado. Um pintor pode pintar o que quer, assim como um desenhista amador. Um ilustrador não, ele segue os ditames para os quais foi pago.
Claro, podemos opinar, temos nosso estilo e acrescentamos ou modificamos elementos, mas na ilustração estamos, essencialmente, produzindo um trabalho por encomenda para um determinado uso e local, que servirá a um propósito pré-concebido. A ilustração já nasce com um destino traçado e específico.


Por: Wesley Cardoso dos Santos, estudante do Segundo Ano do Ensino Médio.

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